quarta-feira, 12 de março de 2008

ARREBATAMENTO



Jesus foi o primeiro a abordar esse acontecimento sobrenatural quando disse no Evangelho de João: “Voltarei e os levarei para mim”. Ele falou aos discípulos que voltaria, que viria pela segunda vez a esta terra, e o arrebatamento, sob o ponto de vista escatológico, é isto: a primeira etapa da segunda vinda de Cristo. O momento foi descrito pelo Senhor na parábola das Dez Virgens (Mateus 25), quando Ele próprio se anuncia como o Noivo que chega para as bodas à meia-noite, entrando com um grupo de noivas e deixando as que dormiam para trás.

A volta de Jesus está no centro da escatologia. Cristo veio para inaugurar um Reino, que já se mostra presente, mas que só se completará no futuro com a Sua volta. Vivemos agora entre a Sua vinda e a Sua volta. E a fé da Igreja, proclamam os teólogos espirituais, deve ser dominada por uma expectativa pela volta de Cristo.

No sentido comum do termo, arrebatamento significa “tirar com violência, arrancar, levar bruscamente”. Jesus, portanto, virá para arrancar, arrebatar a Sua Igreja do caos deste mundo. Como isso se dará?

A descrição bíblica mais detalhada do arrebatamento encontra-se em 1 Tessalonicenses 4.16 e 17: “Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre”. Na conclusão, o apóstolo Paulo pede que os crentes se consolem uns aos outros com essas palavras, dando a entender que o arrebatamento deve ser um tema constante nas igrejas.

No sentido teológico, arrebatamento é o encontro da Igreja (a noiva) com Jesus (o noivo) nos ares. Será o momento em que Jesus resgata a Sua Igreja para as núpcias, ou Bodas do Cordeiro. Nesse acontecimento especialíssimo, a Igreja fiel desaparecerá da terra “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta” (1 Co 15.52). O texto de Paulo aos coríntios afirma também que ao soar da trombeta “os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados”. Nós, os arrebatados!